A linguagem surgiu diante da necessidade ancestral de especificar as coisas: objetos, eventos, condições, etc. Os rugidos guturais pré-históricos, guiados por fonemas próprios ou reprodução de sons naturais, foram ganhando nuances e acabaram chegando nas palavras. Todavia, mesmo línguas muito diferentes, carregam certos padrões: ter o sujeito, o predicado, o objeto. Seria coincidência ou não?
Teríamos começado a desenvolver a linguagem enquanto éramos ainda um único grupo, depois nos divido e criado particularidades, mas partindo de um tronco único (teoria da monogênese) ou começado a desenvolver já cada um no seu canto, com seu próprio tronco linguístico, e desenvolvido essas características semelhantes por necessidades em comum mesmo (teoria da poligênese)? Esta é uma das maiores questões entre os linguistas, arqueólogos, paleontólogos e antropólogos.
Além disso, não se sabe em que velocidade isso aconteceu. Ainda é discutido se esse processo foi:
Devagar, gradativo -partindo dos primeiros sinais cognitivos dos primatas, levando a alterações físicas das cordas vocais até a se tornarem mais complexos, num processo de milhões de anos ou;
Rápido, porém mais tarde - acontecendo quando a evolução intelectual já estava bem avançada e gerou rapidamente a linguagem quase que numa consequência.
De qualquer forma, a diferença das línguas e a dificuldade do seu estudo se intensificam por elas serem extremamente mutantes e não deixarem rastro (do contrário da escrita). Elas reagem à geografia, clima, história, natureza, outras línguas e mais um sem número de outras interferências. E é muito rápido. A língua está mudando quando uma pessoa esquece um termo e o substitui, quando se fala mais rápido para agilizar uma negociação, quando alguém fala errado pq o certo é muito complicado ou quando inventa um termo. Até mesmo a internet muda a nossa linguagem com suas abreviações e globalização diariamente. Isso gera um sem número de variações de sotaques e até mesmo novas línguas como, por exemplo, o nosso próprio o português brasileiro. Seria ele apenas uma variação do europeu ou uma língua nova, derivada?
E, assim como nascem, línguas também morrem. Das 6.909 línguas vivas hoje, estima-se que só 1.000 sobreviverão ao próximo século. E que, em 300 anos, sobrarão cerca de 24.
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